Não há muitos livros que tenham causado tanto impacto como ‘A Cabana do Pai Tomás’ escrito por Harriet Beecher Stowe. Publicado entre 1851 e 1852 sob a forma de folhetim, num jornal antiescravagista e recusado pelos primeiros editores a quem foi proposto sob a forma de livro, ‘A Cabana do Pai Tomás’ acabaria por ser editado nesse formato em 1852. O livro vendeu 300.000 exemplares no primeiro ano, um numero espantoso para a època. É o relato comovente da cruel separação da família e da vida repleta de sofrimento que o personagem Pai Tomas teve de enfrentar que faz desta obra um verdadeiro manifesto contra a escravatura; numa história de fé, coragem, perseverança e luta. A Cabana do Pai Tomas, foi o primeiro romance americano a vender mais de 1 milhão de exemplares, além de ser considerada por muitos como a obra de ficção mais influente já escrita. Ao ponto de ter sido proibida em vários estados sulistas e de ter inspirado muitos líderes da abolição. Um grande clássico que merecidamente faz parte da famosa coletânea ‘1001 livros para ler antes de morrer’.
Circa l’autore
Harriet Beecher Stowe nasceu em 1811, nos EUA. Era filha do pregador evangelista Lyman Beecher e durante alguns anos trabalhou como professora. A sua primeira publicação foi um livro sobre geografia para crianças. Em 1836, casou-se com um professor de teologia, Calvin Stowe. Durante a vida, Harriet escreveu poemas religiosos, livros de viagens, histórias para jornais locais, romances para crianças e para adultos. Conheceu e correspondeu-se com Lady Byron, Oliver Wendell Holmes e Mary Ann Evans.
‘A Cabana do Pai Tomás’, seu livro mais conhecido tornou-se um poderoso símbolo de liberdade: a exaltação de princípios contra a escravidão contribuiu para precipitar a Guerra Civil Americana. Após a publicação deste livro, Harriet foi convidada para falar sobre a escravatura na América e na Europa. Em 1856, publicou uma segunda novela sobre o tema, ‘Dred’. Harriet viveu toda a vida num ambiente de extrema devoção e firmes convicções antiescravagistas, alicerçadas numa veemente fé cristã na igualdade de todos os homens.
A abolicionista Harriet Beecher Stowe morreu com 85 anos, em 1896, em Hartford Conneticutt.