Nanquim é um cachorro escritor que, convencido de sua beleza e charme, decidiu contar sua história. Ele foi o escolhido – de uma ninhada de sete filhotes -, pelo Doutor, para morar em uma casa grande e silenciosa, cheia de corredores e alas, onde tudo era branco, e também moravam duas coelhas. Tinha a função de visitar as pessoas que iam e vinham. Em uma dessas visitas, ele conheceu Maia que, diferente das outras crianças, não correspondia às suas gracinhas. As coelhas lhe contaram que a menina sofria de uma doença grave e corria o risco de morrer. O cão ficou abalado, fugiu da casa para conhecer ‘o mundo colorido’, pois, até então, no seu mundo só havia o branco e o cinza. Na rua, Nanquim conheceu Gengibre – outro cachorro – que lhe explicou o significado de seu trabalho: Nanquim morava em um hospital que tratava de pessoas com câncer e não era a sua beleza e charme que conquistavam as pessoas, mas o carinho e atenção que dedicava aos doentes. Texto construído com vários recursos de tipografia e ilustrado com imagens em movimentos que se apropriam das cores para narrar em ‘duas vozes’ a história, cujo conteúdo tem uma proposta inovadora e se abre como alternativa para aqueles que buscam a cura. Nanquim existe! Ele faz parte da equipe de um hospital de Santos (SP) que trabalha com a pet terapia.
Circa l’autore
Helena Gomes, santista, é jornalista, professora universitária e dá cursos sobre criação literária. Autora dos livros de aventura Lobo Alpha; O arqueiro e a feiticeira, Aliança dos povos e Despertar do dragão (os três da saga A caverna de cristais); Código criatura e Assassinato na biblioteca. Participa da antologia de contos O livro negro dos vampiros e ajudou a organizar Anno Domini – Manuscritos medievais. Seu primeiro livro foi escrito com dois amigos, a não-ficção Memórias da hotelaria santista.