Gontcharov é considerado um dos maiores romancistas da literatura russa. Suas obras iluminam o contraste das condições sociais do século XIX em uma época em que o capitalismo em ascensão e a industrialização coexistiam de maneira incômoda com as tradições aristocráticas da velha Rússia. Sua obra-prima: Oblomov, é reconhecida como um dos grandes romances mundiais, sendo vista como a representação definitiva da letárgica e tacanha aristocracia russa do século XIX. No romance, publicado em 1859, Gontcharóv fala de um homem da nobreza russa, rico, bem versado nos estudos, mas incapaz de calçar suas próprias meias e que, testado ao extremo por seu amigo e sua noiva, ainda assim opta por uma vida limitada à observação das horas e dos dias. Um livro se torna um clássico quando atinge, de modo único, algo de imutável que reside na alma humana. Oblómov ascendeu a esse panteão. Não sem razão, a obra faz parte da famosa coletânea: 1001 livros para ler antes de morrer.
Circa l’autore
Ivan Gontcharov (1812-1891) nascido de uma família rica de comerciantes em Simbirsk estudou durante sua vida em colégio interno e se formou na universidade estadual de Moscou. Depois de se formar, serviu por um curto período no escritório do governador de Simbirsk, antes de se mudar para São Petersburgo, onde trabalhou por quase 30 anos no ministério das finanças e da censura. Tradutor, professor, poeta, crítico literário e de teatro Gontcharov é considerado um dos maiores romancistas da literatura russa. Suas obras iluminam o contraste das condições sociais do século XIX em uma época em que o capitalismo em ascensão e a industrialização coexistiam de maneira incômoda com as tradições aristocráticas da velha Rússia.