Em 2010 recebeu os prêmios Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional, e o Prêmio São Paulo de Literatura pelo romance A minha alma é irmã de Deus. Mas com a história terminada, o escritor sentiu que alguns personagens tinham mais o que dizer. Escolheu Alvarenga e Raquel e começava assim seu mais recente trabalho Seria uma sombria noite secreta. Um livro que fala de um amor absoluto, que prescinde, inclusive, da presença do amado, algo tão peculiar à ânsia, à passionalidade do amante.
O camelo Alvarenga e a prostituta Raquel vivem um amor desencontrado e confuso, sem desejos sexuais, movido pela imensa ternura que um sente pelo outro, desde a adolescência. Alvarenga vive dos restos de comida que encontra no lixo e Raquel transforma-se em prostituta desde que se entusiasmou com a teoria do corpo social francesa, durante aulas do Curso de História na Universidade. Os dois ocupam uma pensão no Bairro boêmio do Recife, em grande solidão e alimentando sonhos sem esperanças.
Circa l’autore
Raimundo Carrero é um dos escritores mais premiados deste país, com reconhecimento da crítica e dos leitores. Com As sombrias ruínas da alma ganhou o prêmio Jabuti, conquistando ainda os prêmios Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e Machado de Assis, da Biblioteca Nacional, com Somos pedras que se consomem, além do prêmio Revelação do Ano, em Porto Alegre, com o romance Viagem no ventre da baleia. Em 2008, foi finalista do prêmio Portugal Telecom com O amor não tem bons sentimentos, que também apareceu na lista dos melhores do ano dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo. Em 2010, por A minha alma é irmã de Deus, recebeu o Prêmio Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional, de melhor romance do ano, e o Prêmio São Paulo de Literatura, como melhor livro do ano.