‘Flush’ é a deliciosa e inusitada biografia de um cocker spaniel de origem inglesa. Em pleno processo de apreensão do mundo e de si mesmo, ele ama tanto os raios de sol quanto um pedaço de rosbife, a companhia de cadelinhas malhadas assim como a companhia de seres humanos, o cheiro de campos abertos tanto quanto ruas cimentadas e o burburinho da cidade. De quebra, Virginia Woolf aproveita para tecer, em estilo espirituoso, ácidos comentários sobre a sociedade inglesa e vitoriana e seus valores, tornando este seu romance com maior êxito entre os leitores, tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos.
Circa l’autore
Virginia Adeline Stephen Woolf nasceu em Londres, Inglaterra, em 1882. Seu pai, um crítico literário, foi quem a educou. Figura central do grupo Bloomsbury, do qual também participaram E. M. Forster, Katherine Mansfield, Maximo Gorki, entre outros, colaborava com o Times Literary Supplement. Em 1912, casou-se com Leonard Woolf e fundou a casa editorial Hogarth Press, que lançou, além da própria escritora, T.S.Elliot, Forster e K. Mansfield. Foi a primeira editora a publicar a obra de Freud em inglês. Seu primeiro livro, A viagem, foi publicado em 1915. Depois vieram, entre outros, ‘Noite e dia’ (1919), ‘Mrs. Dalloway’ (1925), ‘O quarto de Jacob’ (1922), ‘Rumo ao farol’ (1927), ‘Orlando’ (1928), ‘Um quarto só seu’ (1929), ‘As ondas’ (1931). No início da década de 1930, Virginia já apresentava um histórico de saúde mental frágil, que culminaria no seu suicídio, em 1941.