O filósofo francês Jacques Rancière é considerado um dos mais importantes pensadores contemporâneos. Sua vasta produção tem repercutido em diversos campos do saber, como a filosofia e a teoria política, as artes e a educação. Em meio a essa diversidade de interesses, o tema da igualdade desponta como o grande elemento catalisador de suas reflexões. Suas obras se caracterizam por um estilo de pensamento que embaralha as barreiras disciplinares e mescla diferentes vozes sem hierarquizá-las, rompendo com o vezo acadêmico de tomar as falas tidas como subalternas como mero ‘material bruto’, cuja significação só poderia ser desvelada pela produção acadêmica. Seu pensamento tem sido uma fonte inesgotável para a produção de novas e instigantes reflexões, sobretudo no campo da estética e da educação. Os textos aqui reunidos mesclam escritos inéditos de Rancière com ensaios que tomam sua obra como elemento disparador de novas reflexões. Ao revisitar alguns temas clássicos da filosofia da educação e propor novas questões e perspectivas, a obra Jacques Rancière e a escola renova os sentidos da experiência escolar e desvela seus paradoxos e dilemas.
About the author
José Sérgio Fonseca de Carvalho é Professor Titular de Filosofia da Educação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP). Foi pesquisador convidado das Universidades Paris VII e VIII e tem desenvolvido pesquisas sobre os vínculos entre a experiência escolar e a filosofia contemporânea. Dentre suas diversas obras destacam-se Educação: uma herança sem testamento (2017) e Por uma pedagogia da dignidade (2016).
Jacques Rancière, um dos mais renomados pensadores contemporâneos, é Professor Emérito do Departamento de Filosofia da Universidade Paris VIII, onde lecionou de 1969 a 2000. Suas obras têm sido traduzidas em diversas línguas e representam uma contribuição original e fecunda para os campos da teoria política, da estética e da educação. Dentre elas, destacam-se A noite dos proletários: arquivos do sonho operário (1981), O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual (1987), O desentendimento: política e filosofia (1995), A partilha do sensível: estética e política (2000), Aisthesis: cenas do regime estético da arte (2011) e As margens da ficção (2017).