Ela traiu ou não traiu?
A dúvida mais icônica da literatura brasileira é uma das questões centrais de ‘Dom Casmurro’, um livro marcante para o movimento realista, e o mais conhecido do maior escritor do país, Machado de Assis.
O cerne desse romance de 1899 é o relacionamento entre Bentinho e Capitu, que se apaixonam na adolescência e tentam reverter o destino sacerdotal do moço, em cumprimento a uma promessa de sua mãe. De fato, ele consegue abandonar o seminário, formar-se em direito e se casar com a jovem, mas tudo muda quando Escobar, um antigo colega de Bentinho, reaproxima-se do casal. É aí que o marido começa a desconfiar das atitudes da esposa e do colega: entre os dois, o que existe é apenas uma sincera amizade ou algo mais?
Em ‘Dom Casmurro’, da Editora Alto Astral, o diferencial é o conteúdo adicional: mais de 200 notas explicativas, com vocábulos explicados do final do século 19, referências geográficas do Rio de Janeiro, onde se passa o romance, e descrições de citações históricas, artísticas e mitológicas.
É uma edição que desobriga o leitor a interromper a leitura para buscar informações em outras fontes, favorecendo a conexão com essa obra-prima, que se destaca pelo refinamento, pelos meandros psicológicos e pela capacidade de envolver o leitor na mente intricada de Bentinho. Afinal, Capitu, a moça com ‘olhos de ressaca’, manteve-se fiel ao marido ou viveu um caso secreto com o melhor amigo dele?
About the author
Escritor, jornalista e crítico literário, Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) é considerado o principal nome da literatura brasileira de todos os tempos. Nascido no Rio de Janeiro, ajudou a fundar a Academia Brasileira de Letras, da qual foi aclamado presidente perpétuo. É autor de uma extensa obra literária, que inclui romances, contos, crônicas, poesias, críticas e peças de teatro. Três de seus livros, ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’, ‘Dom Casmurro’ e ‘Quincas Borba’, marcam o estilo realista, que ajudou a modernizar a literatura brasileira.