Macunaíma nasceu numa tribo amazônica. É um menino mentiroso, traidor, pratica muitos atos incorretos, fala muitos palavrões, além de ser extremamente preguiçoso. Tem dois irmãos, Maanape e Jiguê. Cresce e se apaixona pela índia CI, A Mãe do Mato, seu único amor. Depois da morte de sua mulher, Macunaíma perde um amuleto que um dia ela havia lhe dado de presente, era a pedra ‘muiraquitã’. Fica desesperado com essa perda, até que descobre que a sua muiraquitã havia sido levada por um mascate peruano, Vesceslau Pietro Pietra, o gigante Piamã, que morava em São Paulo. Depois da descoberta do destino de sua pedra, Macunaíma e seus irmãos resolvem ir atrás dela para recuperá-la. Piamã era o famoso comedor de gente, mas mesmo assim ele vai atrás de sua pedra. O enredo começa, então, a contar as aventuras de Macunaíma na tentativa de reaver a sua ‘muiraquitã’. Após conseguir a pedra, Macunaíma regressa para a sua tribo, onde, após uma série de aventuras finais, finalizando novamente na perda de sua pedra. Então, ele desanima, pois sem o seu talismã, que, no fundo, é o seu próprio ideal, o herói reconhece a inutilidade de continuar à sua procura, se transforma na constelação Ursa Maior, que para ele, significava se transformar em nada que servisse aos homens.
About the author
Mário de Andrade (1893-1945) foi, além de autor, crítico de arte em jornais e revistas. Teve papel importante na implantação do Modernismo no Brasil. O autor várias viagens pelo Brasil, com o objetivo de estudar a cultura de cada região. Todas essas pesquisas lhe renderam obras como Macunaíma, Clã do Jabuti e Ensaio sobre a Música Brasileira. Seu romance Macunaíma foi sua criação máxima. O autor participou ativamente da Semana de Arte Moderna e publicou Pauliceia Desvairada, obra na qual reuniu seus primeiros poemas modernistas. Integrou o grupo fundador da revista Klaxon, que servia de divulgação para o Movimento Modernista.