Desejar ter filhos, mas se deparar com uma impossibilidade nesse processo, produz uma ampla gama de sentimentos, tais como medo, ansiedade, tristeza, frustração, desvalia e vergonha, desencadeando, por vezes, quadros significativos de estresse.
A situação de infertilidade pode provocar efeitos devastadores, tanto na esfera individual como conjugal e, com isso, desestabilizar as relações do sujeito com seu entorno social, podendo ocasionar um decréscimo na qualidade de vida.
Neste cenário de sofrimento, as mulheres que estão tentando engravidar se autodenominaram ‘tentantes’. Este livro é o primeiro fruto da Abrafe (Associação Brasileira de Apoio à Fertilidade) com a proposta de ajudar, informar, acolher e apoiar com palavras pessoas e casais que estão passando pela jornada de tentar ter um filho e, também, de levantar recursos para manter a associação.
Table of Content
Prefácio
Capítulo 1. Infertilidade
Capítulo 2. Tratamentos de baixa complexidade
Capítulo 3. Tratamentos de alta complexidade
Capítulo 4. A influência da mídia na desinformação e na decisão das pacientes
Capítulo 5. Tratamentos clínicos
Capítulo 6. A importância da investigação do fator masculino
Capítulo 7. Breve fisiologia da fertilização
Capítulo 8. Avaliação básica do casal
Capítulo 9. Sexualidade e reprodução
Capítulo 10. Inteligência Positiva
Capítulo 11. Preservação da fertilidade
Capítulo 12. Doação de gametas e embriões
Capítulo 13. Nutrição para a fertilidade
Capítulo 14. Ética nos tratamentos de reprodução humana
Capítulo 15. Até quando tentar?
Capítulo 16. Adoção: um caminho de parentalidade consciente
Capítulo 17. Sou filha adotiva
Capítulo 18. Em busca de apoio
Capítulo 19. Em busca de apoio com a psicoterapia
Capítulo 20. Aspectos legais na busca do sonho
Capítulo 21. Como lidar com um resultado negativo
Capítulo 22. Menopausa precoce: ciência, corpo e mente
Capítulo 23. Câncer de mama e o sonho de ser mãe
Capítulo 24. Acredite no seu sonho
Sobre os autores
About the author
Raquel de Lima Leite Soares Alvarenga é graduada em Ciências Biológicas, tem Mestrado e Doutorado em Biologia Celular. É especialista em Embriologia. Foi Diretora-Fundadora da Pronúcleo (Associação Brasileira de Embriologistas em Medicina Reprodutiva), é membro do Conselho do Comitê de Ética da Pronúcleo, embriologista na clínica Cegonha Medicina Reprodutiva e Diretora Técnico-Científica da Abrafe (Associação Brasileira de Apoio à Fertilidade).
Embriologista pioneira no Brasil e no mundo há mais de 30 anos, acompanhou inúmeros casais vivenciando a infertilidade. Testemunhou o nascimento de bebês milagres que, sem tratamento, nunca teriam vindo ao mundo.
Ao chegar seu momento de também ter filhos, Raquel se viu no lugar de suas pacientes: oito anos de tentativas, sem sucesso. Foram cinco tentativas de inseminação intrauterina, três ciclos de fertilização in vitro, um abortamento espontâneo, duas laparoscopias, duas histeroscopias, tratamento de endometriose.
Raquel viveu a solidão, o isolamento, o desamparo, as dúvidas, a inconformação, a mágoa, a tristeza, a inadequação, a culpa, o vazio, a falta. Sentimentos muito frequentes em mulheres que estão vivenciando a não maternidade.
Após longos oito anos, Raquel acabou engravidando espontaneamente, sendo mãe do Renato e do Pedro.
Por coincidências da vida, Raquel conheceu um grupo de mulheres sensacionais que, juntas, resolveram dar voz às tentantes e criaram a Abrafe.