Após quinze anos sem escrever um romance, o imortal da Academia Brasileira de Letras Antônio Torres retorna ao gênero com Querida cidade.
Há escritores para quem o passado, o presente e o futuro não existem em separado, são uma coisa só. Essa fusão dos tempos faz com que seus personagens experimentem, simultaneamente, a vida que já viveram, responsável por eles serem como são, e a vida que ainda irão viver, pois a todo instante quem são hoje influencia, ou até determina, quem serão amanhã. Antônio Torres é um desses escritores.
Querida cidade acompanha a história de um protagonista que, assim como outros personagens do livro, deixou a pequena cidade onde nasceu – para tentar uma vida melhor, para estudar ou mesmo para fugir de algo. Ao conversar com a mãe sobre o pai, que sumiu sem deixar vestígios muitos anos antes, o filho rememora a sua própria trajetória de êxodo, independência, fracasso e eventual retorno às origens.
Por meio de lembranças, projeções e referências culturais de um Brasil profundo, a narrativa costura o onírico e o cotidiano, amor e melancolia, desalento e aceitação. Triunfo de um grande autor em sua melhor forma.
‘Leiam Antônio Torres. É muito bom este senhor aí’- Jorge Amado
‘Nascido na Bahia, e marcado indelevelmente pelo sertão, Antônio Torres escreve a fascinação das cidades-labirintos.’ – Le Nouvel Observateur
‘Torres herdou as técnicas narrativas dos modernistas europeus, norte-americanos e latino-americanos juntamente com as grandes tradições orais do Brasil.’ – Los Angeles Times
‘Sua literatura tem uma força poética que trata o sórdido e o triste como partes de uma engrenagem criativa indisposta a falsificar a realidade ou a transgredir com os subterfúgios o que a história quer silenciar.’ – Nélida Piñon
Mengenai Pengarang
Antônio Torres, antes de chegar à literatura, passou pelo jornalismo, primeiro na Bahia, estado em que nasceu (Sátiro Dias, 1940), depois em São Paulo, onde migrou para a publicidade. Viveu três anos em Portugal e, por décadas, no Rio de Janeiro. Hoje, mora em Itaipava, na regiçao serrana fluminense. Sua estreia litrária se deu em 1972, com o romance Um cão uivando para a Lua, que causou grande impacto na crítica e no público. De lá para cá, publicou dezoito livros, entre os quais se destaca a trilogia Essa terra, O cachorro e o lobo e Pelo fundo da agulha. Sua premiada obra, que passeia por cenários urbanos, rurais e históricos, tem várias edições no Brasil e traduções em muitos países. Membro da Academia Brasileira de Letras, da Academia de Letras da Bahia e da Academia Petropolitana de Letras, Torres é sócio correspondente da Academia de Ciência de Lisboa. Querida cidade é o seu 12º romance.