O consagrado romance infantojuvenil Entregas expressas da Kiki (Majo no Takkyūbin ou Kiki’s Delivery Service), de Eiko Kadono, foi publicado originalmente no Japão em 1985. Pouco tempo depois de seu lançamento, em 1989, a obra ganhou uma adaptação cinematográfica O serviço de entregas da Kiki, dirigida por Hayao Miyazaki e produzida pelo Studio Ghibli. No Brasil, o filme está disponível na Netflix.
A história acompanha Kiki, uma bruxinha adolescente que nunca foge de um desafio. Quando seu aniversário de treze anos chega, ela está ansiosa para seguir a tradição de uma bruxa: escolher uma nova cidade para chamar de lar por um ano.
Cheia de confiança, Kiki voa para a vila costeira de Koriko e espera que seus poderes tragam facilmente alegria para os habitantes da cidade. Mas ganhar a confiança dos locais é mais complicado do que ela esperava. Tendo a seu lado Jiji, seu fiel e perspicaz gato preto, Kiki cria novas amizades e constrói sua força interior, finalmente percebendo que a magia pode ser encontrada até mesmo nos lugares mais comuns.
Combinando fantasia com o charme da vida cotidiana, Entregas expressas da Kiki, de Eiko Kadono lida de uma forma leve e descontraída com temas como a passagem da infância para a idade adulta, a busca juvenil pela independência, com o desapego do ‘ninho’ familiar, e as questões de aceitação e de adaptação em grupo vivenciadas pelos adolescentes. A inspiração para que Kadono criasse a bruxinha Kiki veio depois que sua filha fez, aos treze anos de idade, o desenho de uma bruxa com notas musicais voando ao redor.
Jadual kandungan
Os sinos nas árvores
Uma vassoura para viagem
Kiki e a cidade perto do mar
Um trabalho para Kiki
Ladrão de vassoura?
No balanço das emoções
Kiki espia um segredo
O problema do capitão
Kiki carrega o Ano-Novo
Kiki carrega o som da primavera
O retorno à cidade Natal
Mengenai Pengarang
Eiko Kadono nasceu em Tóquio, em 1935. Quando tinha dez anos, teve que se refugiar no norte do Japão devido à Segunda Guerra Mundial. De acordo com a própria autora, essa experiência de vivenciar uma guerra durante a infância desencadeou nela um caráter rebelde e teve um impacto profundo na sua maneira de ver o mundo.
Graduou-se em literatura inglesa na Universidade de Waseda, em 1957. Aos 25 anos, ela emigrou para o Brasil, onde viveu por dois anos, e viajou ainda por Europa e América do Norte. Após o seu retorno para o Japão, começou a publicar livros, inclusive Ruijinnyo shonen, Burajiru o tazunete [O Brasil e meu amigo Luizinho] (1970), inspirado por sua vivência em terras brasileiras. Hoje, soma em torno de duzentos títulos publicados — entre livros ilustrados, contos juvenis, antologias de ensaios e traduções — e vários prêmios.
O primeiro volume da série Majo no Takkyubin, sobre a bruxinha Kiki, foi lançado em 1985 e recebeu os prêmios Noma e Shogakukan, tendo sido também selecionado para a Lista de Honra da IBBY 1986. Em 2018, Eiko Kadono foi agraciada com o prêmio Hans Christian Andersen. O prêmio bienal é concedido a um autor cujas ‘obras completas deram uma contribuição importante e duradoura para a literatura infantil’.