A comida para o ser humano é sempre cultura, nunca apenas pura natureza.
Como parte essencial de suas técnicas de sobrevivência, a humanidade adotou os modos de produção, preparação e consumo dos alimentos, desde o conhecimento sobre as plantas comestíveis até o uso do fogo como principal artifício para transformar o alimento bruto em um produto cultural – ou seja, em comida. A cozinha é, portanto, a gênese da civilização.
Em Comida como cultura, a escrita elegante e apurada de Massimo Montanari, historiador italiano dedicado a pesquisas sobre história da alimentação, nos leva a uma jornada deliciosa pela história da culinária, e nos revela como a comida evoluiu de uma necessidade prática para um indicador cultural dos mais diversos. Esta é mais uma importante contribuição do Senac São Paulo não somente destinada a chefs, professores e estudantes da gastronomia, mas também a todos aqueles curiosos e apaixonados por comida.
Jadual kandungan
Nota da edição brasileira
Apresentação à edição brasileira – Henrique Carneiro
Introdução
FABRICAR A PRÓPRIA COMIDA
Natureza e cultura
Natureza também é cultura
Jogar com o tempo
Jogar com o espaço
Conflitos
A INVENÇÃO DA COZINHA
Fogo, cozinha, civilização
Cozinha escrita e cozinha oral
A anticozinha
Assado e cozido
Prazer e saúde
O PRAZER (E O DEVER) DA ESCOLHA
O gosto é um produto cultural
Divagação: o jogo da ‘cozinha histórica’
O gosto é um produto social
Dize-me quanto comes…
… e o quê
Comida e calendário: uma dimensão perdida?
Da geografia do gosto ao gosto da geografia
O paradoxo da globalização
COMIDA, LINGUAGEM, IDENTIDADE
Comer junto
A gramática da comida
Substituições, incorporações
Identidade, troca: tradições e ‘origens’
Raízes (uma metáfora para se usar até o fundo)
Guia à leitura
Sobre o autor
Mengenai Pengarang
Massimo Montanari ensina história medieval e história da alimentação na Universidade de Bolonha, Itália. Pioneiro nessa área de estudos, tem diversos livros publicados e traduzidos para diferentes idiomas. Em 2012, foi laureado com o prêmio Rabelais, do Institut de France, destinado a personalidades que se destacaram internacionalmente no estudo, na difusão e na promoção da cultura alimentar. Em 2013, tornou-se membro da Academia Real de Ciências, Letras e Belas Artes da Bélgica. Desde 2017 é associado da Academia de Ciências do Instituto de Bolonha.