Em poemas, crônicas e contos publicados em jornais e livro, esta edição ilustrada reúne o Drummond defensor da natureza e dos animais.
Na crônica ‘Gente, bicho’, Carlos Drummond de Andrade afirma que ‘amar os animais é uma espécie de ensaio geral para nos amarmos uns aos outros’. Esta coletânea de crônicas, poemas e contos, publicados em jornais e livros, foi organizada por seu neto, Pedro Augusto, que herdou do avô o amor pelos bichos, dos menores passarinhos aos maiores mamíferos, passando por nossos companheiros domésticos, como o gato que dá título ao livro. Afinal, ’todo animal é mágico’.
Nascido e criado no interior de Minas, Drummond passou a vida adulta no Rio de Janeiro, sem jamais deixar de se comover com os bichos. Criou, com a amiga Lya Cavalcanti, o ‘jornaleco’ anual A Voz dos que Não Falam, para tratar de assuntos relacionados à causa animal, da qual foi ferrenho defensor.
No conto ‘Os bichos chegaram’, Drummond fala de uma ’tendência fraternalista’ dos animais – são ‘amigos entre si, e amigos da espécie humana: contraste flagrante com o comportamento suspeitoso, e mesmo guerreiro, do homem para com o seu semelhante’. O gato solteiro e outros bichos resgata a face drummondiana talvez menos conhecida pelos jovens leitores: a de amante da natureza e defensor dos animais.
Over de auteur
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais, em 1902. Foi poeta, cronista e contista, firmando-se como um dos grandes nomes da literatura brasileira do século XX. Entre outros clássicos, é autor de Alguma poesia, Brejo das almas, Sentimento do mundo, Claro enigma, Fazendeiro do ar e Fala, amendoeira. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1987, aos 84 anos.