Narrar, ser mãe, ser pai, de Celso Gutfreind, analisa o processo psicológico de se tornar mãe e pai ― a parentalidade ―, ao sublinhar a importância do aspecto narrativo. Para o autor, não há pais à vontade se não contarem histórias: as suas próprias, de preferência, ou as alheias que, ao serem escolhidas, também lhes dizem respeito. Segundo Gutfreind, ‘narrar é mais que um instrumento que colabora no processo de parentalidade: é indispensável, confunde-se com ele’. Assim, encontros em torno de histórias são sagrados. Isso inclui qualquer narrativa, como contos, cantos, relatos de vida. Conversa-fiada. Qualquer trama que faça a ponte entre pais e filhos, e promova essa interação com gesto, toque e olhar.
Over de auteur
Celso Gutfreind nasceu em Porto Alegre, em 1963. Tem vários livros publicados, entre poesias, infantis e ensaios. Participou de várias antologias no Brasil e no exterior (Argentina, Luxemburgo, Canadá) e recebeu importantes premiações como o Prêmio Nacional de Poesia Mario Quintana (1985) e os prêmios Açorianos e Henrique Bertaso para melhor livro de poemas publicado no RS em 1993. Autor reconhecido pela crítica e tendo feito parte do projeto Autor presente do Instituto Estadual do Livro (IEL), Celso também conquistou um público leitor cativo e fiel, sobretudo em Porto Alegre e no interior do Rio Grande do Sul. Como médico, Celso realizou especialização em Medicina Geral Comunitária e, posteriormente, em Psiquiatria e Psiquiatria Infantil. Fez doutorado e pós-doutorado em Paris, nessa área, tendo como tema de pesquisa a utilização terapêutica do conto. Publicou o livro Grilos , finalista do Prêmio AGES Livro do Ano 2006, e A almofada que não dava tchau , finalista do Prêmio Açorianos de Literatura 2007 e vencedor do Prêmio AGES Livro do Ano 2007. Escreveu ainda: A dança das palavras: poesia e narrativa para pais e professores , Em defesa de certa desordem , Domingo para sempre e outras histórias sobre nunca mais , O terapeuta e o lobo , entre outros.