Não era a então nascente capital, sossegada e pachorrenta, como a grande corte em que se transformou. Se não mente a crônica, tinha naqueles tempos afonsinos o gênio trêfego, e um sestro de intrometer-se com as coisas da governança para não deixar que os oficiais de El-Rei lhe tosquiassem muito cerce o pelo e a bolsa.
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José de Alencar nasceu em 1829 em Messejana, Ceará, e foi escritor, dramaturgo, jornalista, advogado e político. Seu primeiro romance foi escrito em 1847 e intitulado Os contrabandistas. Estreou como folhetinista no Correio Mercantil em 1854, tornou-se redator-chefe do Diário do Rio de Janeiro em 1856, onde publicou O guarani em 1857. Sua literatura trazia uma novidade na criação das histórias: uma maneira de pensar e sentir tipicamente brasileira. O escritor construía os romances misturando indígenas, mitos, lendas, tradições e festas religiosas regionais. José de Alencar foi escolhido por Machado de Assis para ser o Patrono da cadeira número 23 da Academia Brasileira de Letras. Faleceu em dezembro de 1877 no Rio de Janeiro.