Em Ânsia Eterna o leitor tem a oportunidade de conhecer o talento de Julia Lopes de Almeida através de textos fortes e contundentes. Contos inusitados, por vezes melancólicos, tristes ou insanos demonstram toda a versatilidade desta autora que foi injustamente esquecida, mas agora volta a ter suas obras publicadas.
Baseada na publicação de 1903, a edição da Janela Amarela Editora trás, notas para termos e palavras fora de uso para tornar a leitura mais fluida e agradável.
Over de auteur
Julia Lopes de Almeida (1862- 1934) nasceu no Rio de Janeiro e morou em Campinas (SP) da infância até a juventude, onde, com o incentivo da família, publicou as primeiras crônicas, aos 20 anos, na Gazeta de Campinas. Sua produção literária é ampla, composta de crônicas, contos, peças teatrais, novelas e romances.
Julia era defensora da educação feminina, do divórcio e da abolição do regime escravocrata, temas presentes em suas obras.
Em 1887 casou-se com o poeta português Francisco Filinto de Almeida e tiveram seis filhos: Affonso (jornalista, poeta e diplomata), Adriano e Valentina (ambos falecidos na infância), Albano (desenhista e pintor), Margarida (escultora e declamadora) e Lucia (pianista).
Embora tenha sido uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras, Julia não foi aceita entre seus membros pois o regimento da época só permitia homens. Mas foi reconhecida pela Academia Carioca de Letras que a homenageou com a cadeira 26, sendo a única mulher entre os 40 patronos.