Nos primeiros anos da República brasileira, surge um major decidido a valorizar tudo o que é genuinamente brasileiro: a comida, as vestimentas, o idioma… Ele já leu diversos livros e se sente pronto para solucionar os problemas do país. Para tal, está disposto a fazer o que for preciso, seja enveredar-se pelos corredores que levam aos gabinetes dos poderosos políticos ou sujaras mãos de terra em uma reforma agrária. Policarpo Quaresma não mede esforços na luta por seus ideais patrióticos. Mas o que será do franzino major quando ele se deparar coma cruel realidade do seu país?
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Pré-modernista, Lima Barreto nasceu Afonso Henriques de Lima Barreto em 13 de maio de 1881, no Rio de Janeiro. Descendente de escravos, sentiu na pele a exclusão social devido à sua origem, inclusive nos meios acadêmicos. Além do alcoolismo, enfrentou diversos problemas de saúde em sua vida e foi internado em hospício por mais de uma vez. Suas obras são realistas e trazem uma visão crítica da sociedade brasileira. Lima Barreto trabalha, com ironia, não só a temática nacionalista, como também discute as diferenças sociais e a questão do preconceito racial. Como ele escreveu em seu Diário íntimo (1953): ‘A capacidade mental dos negros é discutida a priori e a dos brancos, a posteriori’. Morreu em 1922.