Em 1915, Lima Barreto publica esta que seria considerada a sua obra-prima, Triste Fim de Policarpo Quaresma. Trata-se da história do militar e ufanista Quaresma, cuja maior ocupação é enaltecer o Brasil e suas riquezas. A apaixonada defesa de seus pontos de vista faz com que ele seja considerado um louco. Enquanto isso, o major segue idealizando projetos para conflito entre o reale o ideal acaba surgindo quando todas as suas iniciativas se frustram. o patriota, então, conclui que a culpa de suas desilusões é uma só: os políticos. A saída, para ele, é uma urgente reforma política. Para alcançar sua meta, ele se juntará às tropas do Marechal Floriano – será o início do entendimento do verdadeiro sentimento que move a política.
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Afonso Henriques de Lima Barreto (13/5/1881-1°/11/1922, Rio de Janeiro) era filho de João Henriques e Amália Augusta (falecida quando o autor tinha apenas 6 anos de idade), ambos negros, nascidos livres e instruídos, algo raro na época. Estudou no Colégio Pedro II e chegou a cursar até o 3º ano de Engenharia, na Escola Politécnica, quando teve de abandonar, em razão do agravamento dos problemas mentais de seu pai. Foi aprovado no concurso para amanuense no Ministério da Guerra (1904), onde se aposentou. Começou no jornalismo (1905) e fundou
a revista Floreal (1907), que só teve quatro números.
Sua obra-prima, Triste fim de Policarpo Quaresma (1915), revela a vida das classes populares nos subúrbios cariocas. Considerado o grande cronista do fim do séc. XIX, sua produção literária e jornalística é intensa, apesar do diagnóstico de neurastenia aguda e crônica.
Em sua segunda internação, inicia o Diário do Hospício (1919). Morre precocemente aos 41 anos.