Antonio Gramsci escreveu que ‘está sempre presente no morto um grande vivo’. Frequentemente os conteúdos escolares são acusados de serem coisas mortas sem qualquer sentido para a vida concreta dos alunos.
Este livro, na linha da pedagogia histórico-crítica, defende que os clássicos das ciências, das artes e da filosofia são sínteses ricas de atividade humana condensada, em estado de repouso, que deve ser trazida novamente à vida pelo trabalho educativo. Dessa forma, o ensino escolar ressuscita os mortos que, trazidos à vida, apoderam-se da atividade de alunos e professores, incorporam-se à sua vida, ao seu pensamento e aos seus sentimentos, transformando-se, conforme denominou Marx, em ‘órgãos da individualidade’.
Over de auteur
Newton Duarte nasceu na cidade de São Paulo. Graduou-se em pedagogia pela UFSCar em 1985, onde participou da equipe do Programa de Alfabetização de Adultos. Como um produto dessa participação, teve seu primeiro artigo publicado em 1985 pela revista Educação & Sociedade, como o título ‘Recriando o ábaco e o sistema de numeração’.
Em 1987 obteve título de mestre em educação pela mesma universidade. Doutorou-se pela Faculdade de Educação da Unicamp em 1992. É professor da Unesp desde 1988 e leciona no campus de Araraquara onde, em 1999, obteve o título de livre-docente e, em 2009, foi aprovado em concurso público para o cargo de professor titular. Foi pesquisador visitante na Universidade de Toronto (Canadá), na Universidade de Sussex (Inglaterra) e na Universidade Simon Fraser (Canadá). Coordena o grupo de pesquisa Estudos Marxistas em Educação. Desde an2017 integra o corpo de pesquisadores associados ao Instituto de Humanidades de Universidade Simon Fraser, Vancouver Canadá.