‘Era quase geral a opinião, como dissemos, que a instrução intelectual era inútil quando não prejudicial às meninas’: eis o resumo do cenário que Nísia Floresta ainda encontra em seu tempo. Nestes trechos selecionados do seu livro ‘Opúsculo humanitário’, a autora introduz ao leitor o histórico das escolas para meninas no Brasil, tecendo críticas a ambos os modelos – público e privado. Perpassa para tal alguns conceitos filosóficos equivocados sobre o status intelectual da mulher, bem como traz à lembrança um fato histórico relevante para a criação das primeiras escolas: a chegada da Família Real.
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Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, nasceu em Papari, RN (hoje chamada Nísia Floresta) em 12 de outubro de 1810 e morreu em Rouen, França, em 24 de abril de 1885. Abolicionista, Nísia foi pioneira na educação feminista, atuando não apenas como educadora, mas também como escritora e poetisa.