‘Todo mundo quer voar além/ Mas é preciso aprender’ — avisa a canção de Paulinho Pedra Azul. Muita gente quer atuar lado a lado com os espíritos superiores, em desdobramento, mas só até descobrir o que é preciso enfrentar. Para quem se imagina desfrutando da companhia de luminares e gozando de refazimento em paisagens magníficas do Além, saiba que esse spa da realidade sutil é utópico. É bem menos glamoroso o serviço de quem se engaja na reurbanização extrafísica do planeta e nas iniciativas regeneradoras levadas a efeito pelos guardiões. Em meio a médiuns que desistem e outros que devem se despir de crenças infundadas, inicia-se uma incursão pelo submundo astral. Questiona-se: que proveito há em se desdobrar se faltam lucidez e discernimento para movimentar-se fora do corpo físico? Até que ponto basta querer para, de fato, colaborar com os espíritos, ao invés de acabar prejudicando o andamento das atividades ao lhes exigir dispêndio de tempo e energia para socorrer sensitivos sem perícia diante dos desafios inerentes à realidade astral?
Over de auteur
Robson Pinheiro, autor de mais de 45 livros, começou a estabelecer
contato com os espíritos ainda na infância, no interior de Minas Gerais.
Aos 17 anos, fi el dedicado da igreja evangélica, sonhava em pregar
a palavra de Deus. Na tarde em que prestava exame perante um
colegiado de pastores, para sua admissão na carreira ministerial, os
espíritos lhe aparecem. ‘Pastor, o demônio está aqui’, brada o médium.
Tomado pelo transe, dá a primeira comunicação mediúnica, ali
mesmo, dentro da igreja. Expulso, recebe dos mentores espirituais a
proposta de exercer a mediunidade segundo os princípios de Allan
Kardec. Desde 1979 dedicado ao exercício mediúnico, funda em 1992
a Sociedade Espírita Everilda Batista, que recebe os direitos autorais
de seus livros, em conjunto com a Casa dos Espíritos. Profi ssionalmente,
atua como terapeuta holístico. Em 2008, tornou-se Cidadão
Honorário de Belo Horizonte.