Durante o processo de organização da proposta do mestrado profissional em Educação, da Uninove, em 2011, a equipe organizadora do futuro programa promoveu uma série de encontros com docentes e gestores(as) das redes municipal e estadual da Educação Básica de São Paulo para, com eles(as), decidir o escopo da Área de Concentração dessa nova modalidade de pesquisa na instituição.
O propósito de tais reuniões consistiu em mapear, a partir das experiências desses profissionais, em diálogo com os pesquisadores acadêmicos, os principais problemas presentes no cotidiano da vida escolar. Levando-se em conta a miríade de questões emergentes naqueles debates, considerou-se que grande parte das temáticas apresentadas estavam concentradas no âmbito da administração escolar. Por essa razão, decidiu-se que a ‘gestão da escola’ seria um elemento central para esse projeto.
Assim, já na sistematização da proposta do novo programa intitulado ‘Mestrado em Gestão e Práticas Educacionais’ (Progepe), propôs-se, dentre os três eixos estruturantes do curso, a constituição da ‘Linha de Pesquisa e de Intervenção Gestão Educacional’ (Lipiges).
De 2012, ano em que o Progepe iniciou suas atividades regulares, para cá, dezenas de trabalhos, dentre os quais, livros, dissertações, artigos, guias de intervenção pedagógica foram produzidos por discentes e docentes dessa linha. Essas pesquisas, bem como as propostas de ações pedagógicas que dela decorrem, têm confirmado, reiteradamente, a primazia da administração nos impactos sobre a qualidade da educação escolar.
De fato, a tese de que a gestão é decisiva no processo educativo pode ser constatada empiricamente no próprio cotidiano educacional das redes públicas. Ali percebermos, dentre outros aspectos, que escolas com estruturas e recursos pedagógicas, financeiros e materiais semelhantes acabam, por vezes, tendo desempenhos muito distintos na qualidade educacional que desenvolvem. Em outras palavras, mesmo considerando, no contexto das redes públicas, os diferentes fatores intervenientes que operam contra o sucesso educacional, uma boa equipe gestora é determinante para a eficiência e eficácia do trabalho pedagógico escolar.
Os estudos ora publicados no presente livro, Financiamento das escolas de Educação Básica na Gestão Democrática e Participativa, resultam dos trabalhos desenvolvidos no âmbito da disciplina ‘Fundamentos da Gestão Educacional’. De uma forma geral, ainda que se trate de pesquisa qualitativa no âmbito de estudos de casos, eles estruturam, por distintos temas e perspectivas, um certo panorama comum da realidade gestora da Educação, particularmente na cidade de São Paulo e sua região metropolitana.
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Organizadoras
Rosemary Roggero
Doutora em Educação: História, Política, Sociedade e mestre em Educação: História e Filosofia, pela PUC-SP. Graduada em Letras pela UMC. Docente Titular dos programas de pós-graduação em Educação (mestrado e doutorado) e Gestão e Práticas Educacionais da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), bem como do curso de Pedagogia. Líder da Linha de Pesquisa e Intervenção em Gestão Educacional. Líder do Grupo de Pesquisa CNPq Gestão da Formação e do Trabalho: Identidades Profissionais e Questões Geracionais.
Adriana Zanini da Silva
Graduada em Pedagogia, mestra em Educação pela Universidade de São Paulo na área de Educação, Estado e Sociedade e doutoranda em Educação pela Universidade Nove de Julho. Atuou como gestora na Secretaria Municipal de Educação de Santo André, como docente na graduação e pós-graduação e, atualmente, na rede municipal de Santo André.