O best-seller de Rubem Alves, em nova edição.
A ostra, para fazer uma pérola, precisa ter dentro de si um grão de areia que a faça sofrer. Sofrendo, a ostra diz para si mesma: ‘Preciso envolver esta areia pontuda que me machuca com uma esfera lisa que lhe tire as pontas…’. Ostras felizes não fazem pérolas. Pessoas felizes não sentem a necessidade de criar. O ato criador, seja na ciência ou na arte, surge sempre de uma dor. Não é preciso que seja uma dor doída. Por vezes, a dor aparece como aquela coceira que tem o nome de curiosidade. Este livro é repleto de areias pontudas que machucam, mas que fazem da dor uma razão para sempre continuar. Qualquer página deste livro é um começo e um fim.
‘Rubem fazia a filosofia descer do salto, fazia a psicanálise falar fácil, fazia a educação aprender com quem supostamente estava na ignorância, e fazia a poesia emoldurar tudo com o seu manto mais libertário.’
– ALEXANDRE COIMBRA AMARAL, PSICÓLOGO E ESCRITOR
‘É um libertário amável, um educador atento, um pensador inquieto e um revolucionário doce.’
– PEDRO SALOMÃO, POETA E ESCRITOR
‘Rubem Alves sabe contar histórias como poucos. As frutas que ele generosamente nos oferece têm um efeito poderoso e paradoxal: elas alimentam ainda mais a nossa fome.’
– CLÁUDIO THEBAS, EDUCADOR, PALHAÇO E ESCRITOR
Over de auteur
Pedagogo, poeta, cronista, contador de histórias, ensaísta, teólogo, acadêmico e psicanalista, Rubem Alves, falecido em julho de 2014, deixou um extenso legado literário. Era membro da Academia Brasileira de Letras, professor emérito da Unicamp e cidadão honorário de Campinas. Seu livro Ostra feliz não faz pérola, agora publicado pelo selo Paidós, conquistou o 2º lugar na categoria ‘Contos e Crônicas’ no Jabuti 2009.