Imagine seguir o personagem Jacob Levy Moreno desde a infância em Bucareste, na Romênia, passando pela adolescência e juventude em Viena, até chegar aos Estados Unidos e girar pelo mundo. É essa a proeza de Sérgio Guimarães neste livro. Fruto de anos de pesquisa – realizada sobretudo na Universidade de Harvard –, que obteve inclusive documentos inéditos, a obra refaz os passos de Moreno e explica o surgimento e a consolidação das bases, dos conceitos e das técnicas criados pelo pai do psicodrama. Ao contrário de Sigmund Freud, que privilegiava a análise da palavra, Moreno preferiu a ação e a espontaneidade criativa, propondo um tipo de teatro em que cada um pudesse atuar sendo seu próprio autor. Até hoje, suas propostas continuam atuais e voltadas para o futuro (apesar de ainda parcialmente desconhecidas), não apenas na área da saúde e da educação, mas também no campo da arte e da vida, no dia a dia de qualquer pessoa. Escrita em linguagem acessível, trata-se, enfim, de uma biografia tanto de Moreno quanto de seu método de transformação psicológica e social – que vai muito além da terapia, envolvendo campos tão diferentes quanto o ensino, a saúde, as instituições e o mundo empresarial.
Over de auteur
Paulista desde 1951, Sérgio Guimarães é professor de psicodrama na pós-graduação da Faculdade de Psicologia da Universidad de Buenos Aires, Argentina, onde obteve o título de doutor em Psicologia. Além de psicodramatista e formador de psicodramatistas, tem produzido e publicado no You Tube dezenas de vídeos sobre psicodrama. Em 2018, recebeu o prêmio Zerka T. Moreno, concedido pela Sociedade Americana de Psicoterapia de Grupo e Psicodrama (ASGPP, sigla em inglês). Formado em Comunicação Social pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), e mestre em linguística aplicada pela Universidade Lyon II, trabalhou 27 anos na ONU, primeiro na Unesco e depois na Unicef. Com Paulo Freire fez sete livros sobre educação. Em 2008 obteve também o Prêmio Sesc de Literatura, na categoria melhor romance, com Zé, Mizé, camarada André – Notícia de Angola.