Para conduzir o leitor através da importante obra política legada por Leo Strauss, Talyta Carvalho escolheu a hipótese straussiana que afirma que a filosofia política moderna não é deontológica, isto é, a partir de Maquiavel a filosofia passa a focar como os homens vivem, e não sobre como deveriam viver, explorando a razão das coisas. A filosofia passa a ser uma ‘descrição’ do mundo político e não mais o empenho de conceber uma filosofia política que procura se distanciar da ‘realidade’ em busca de como o mundo político deve ser. Por isso a autora discute aqui, mais a fundo, o livro Reflexões sobre Maquiavel, para seguir o pensamento de Strauss e revelar como, ao contrário do que muitos pensam, o filósofo florentino está distante da tradição clássica.
Over de auteur
Formada em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), possui mestrado em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Durante seu mestrado especializou-se na obra do filósofo renascentista Marsílio Ficino, pesquisa que deu origem ao livro Fé e Razão na Renascença, publicado em 2012 pela É Realizações. Nos últimos anos tem se dedicado a pesquisar Filosofia Política e Pensamento Conservador. Também atua como professora na pós-graduação do Centro Universitário Belas Artes.