Como a valorização do transporte coletivo pode ajudar a superar desafios crescentes para a mobilidade urbana e minimizar os impactos negativos de aplicativos baseados na precarização de direitos e na falta de regulamentação.
Não é só por 20 centavos. Com este mote o Movimento Passe Livre convocou a população às ruas para protestar contra o aumento das tarifas de transporte coletivo em 2013. Defendendo a possibilidade da livre circulação na cidade, impedida pelas catracas, o chamado reverbera as lutas pelo direito à cidade que têm marcado o horizonte de movimentos sociais nestas primeiras décadas do terceiro milênio. Neste livro, a tarifa zero, política pública que traduz, na prática, uma das dimensões do acesso universal ao transporte, aparece não como horizonte utópico, mas como apresentação e discussão de experiências concretas em diversas cidades do mundo. Trata-se portanto de uma leitura importante para quem acredita que as políticas urbanas podem abandonar o senso comum e as receitas prontas e ousar reinventar a gestão da cidade.
— Raquel Rolnik, urbanista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo
O autorze
Jornalista com uma pós-graduação em jornalismo internacional pela PUC-SP, Daniel Santini tem estudado sistemas de mobilidade livre em diferentes países e defende a priorização de investimentos em transporte público como melhor estratégia para combater congestionamentos e poluição. Escreve há mais de dez anos sobre mobilidade e trabalhou nas empresas LANCE!, Rede Globo e TV Record, entre outras. Foi coordenador de jornalismo e editor da organização não governamental Repórter Brasil, especializada em defesa de direitos humanos e combate ao trabalho escravo contemporâneo. Em 2012, percorreu de bicicleta todo o trecho de terra da Transamazônica como parte do projeto Cicloamazônia