Constantemente, o ser humano age de forma imprópria ou inaqueda, comportando-se ora como deuses, ora como máquinas, ora como animais. Nesta odisseia, Dante busca resgatar o que é próprio do humano como forma de atingir autoconhecimento e autorrealização.
'O que é próprio do humano?’ Uma pergunta tão complexa quanto essencial é posta por Dante Gallian em É próprio do humano. Complexa porque pode ser entendida de diferentes formas. Essencial porque, se entendida no sentido em que o autor formula neste livro, diz respeito à nossa saúde existencial, à nossa felicidade. Assim, para que se possa compreender profundamente a sua essencialidade, cabe antes outra pergunta: o que se entende por 'próprio’?
O adjetivo 'próprio’ pode ter diferentes significados, entre eles, por exemplo, o de pertencimento, peculiaridade ou naturalidade. Ou o de oportunidade ou conveniência — aquilo que é esperado, que é correto. E, nesta odisseia, o autor explora essa segunda percepção de 'próprio’: aquilo que é bom, ideal, esperado.
É nesse sentido que buscar aquilo que nos caracteriza como humanos apresenta-se como urgente e necessário. Primeiro por vivermos uma época de produção e consumo desenfreado, em que somos acessados por forças desumanizadoras de todos os lados. E principalmente como forma de resgatar a saúde da alma e conquistar uma vida mais feliz.
Em É próprio do humano?, Dante Gallian tenta responder a esta pergunta baseando-se nas inúmeras narrativas das mais diversas tradições e filosofias da história. Concentrando-se na Odisseia, o clássico de Homero e um dos livros mais antigos e importantes da civilização ocidental, ele nos convoca a uma jornada de autoconhecimento em 12 lições. Uma obra ideal para todos que desejam destrinchar a odisseia da realização pessoal e encontrar sua justa medida.
'Este livro é uma resposta, ou melhor, 12 respostas unidas pelo mesmo princípio: há algo de próprio do humano e que, quando compreendido e praticado, pode tornar a vida melhor do que já é.’ – Luiz Felipe Pondé
O autorze
Dante Gallian é historiador, mestre e doutor em História Social pela FFLCH-USP, com pós-doutoramento pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS) de Paris, França. É professor de História da Medicina para o curso médico da UNIFESP, de História e Filosofia das Ciências e Bioética para os cursos Biomédico e de Enfermagem e coordenador do Laboratório de Humanidades da mesma universidade. Além disso, é autor de dezenas de artigos científicos em revistas nacionais e internacionais e outros livros sobre história, literatura e cultura, com destaque para a obra A literatura como remédio: os clássicos e a saúde da alma.