Os museus converteram-se, no decorrer de uma geração, em uma das instituições culturais mais prestigiadas e visitadas no mundo inteiro. A preocupação com as diferentes categorias de público, agora central, ilustra uma política de desenvolvimento cultural, enquanto a multiplicação das coleções tem alimentado uma redefinição dos patrimônios. A organização e o funcionamento de tais estabelecimentos, cada vez mais profissionais, correspondem a exigências políticas e sociais, assim como a inéditas condicionantes de ordem ética e comunicacional; em particular, os imperativos da mediação e da exposição implicam o surgimento de novos ofícios. A análise da instituição inscreve-se na encruzilhada da antropologia da cultura, da sociologia do trabalho ou das organizações, além da história dos objetos.
O autorze
Dominique Poulot
É historiador francês, especializado em museus e patrimônio histórico. Professor na Sorbonne (Paris-I), é pesquisador no Centre National de la Recherche Scientifique, na Unité Mixte de Recherches Laboratoire d’Anthropologie et d’Histoire de l’Institution de la Culture, e dedica-se à história da cultura e de suas instituições. É autor, entre outros livros, de Musée, Nation, Patrimoine (Gallimard, 1997), Une histoire des musées de France (La Découverte/Poche, 2008) e _Uma história do patrimônio no Ocidente, séculos
XVIII-XXI. Do monumento aos valores_ (São Paulo, Estação Liberdade, 2009).