Assim se benze em Minas Gerais é resultado da pesquisa de campo aliada a uma atenciosa reflexão teórica. Sem pretender esgotar um tema de tão variadas implicações, os autores percorrem alguns dos caminhos dessa prática sagrada tendo como guias os próprios devotos. Seus depoimentos mostram a complexidade dos rituais de cura, bem como a rede de trocas sociais subjacentes às relações de uma extensa faixa da população brasileira.
O autorze
Edimilson de Almeida Pereira nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 1963. É docente de Literatura Portuguesa e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. Na área de antropologia social publicou, dentre outros, os livros Mundo encaixado: significação da cultura popular (Mazza Edições, Belo Horizonte, 1992) e Do presépio à balança: representações sociais da vida religiosa (Mazza Edições, Belo Horizonte, 1995), A saliva da fala: notas sobre a poética banto-católica no Brasil (Azougue, Rio de Janeiro, 2017) e Entre Orfe(x)u e Exunouveau: análise de uma epistemologia de base afrodiaspórica na Literatura Brasileira (Azougue, Rio de Janeiro, 2017). Na área de literatura infantil e infantojuvenil editou, dentre outros, Os reizinhos de congo (Paulinas, São Paulo, 2004) O primeiro menino (Mazza Edições, Belo Horizonte, 2013); Poemas para ler com palmas (Mazza Edições, Belo Horizonte, 2017). Sua obra poética foi reunida nos volumes Zeosório blues (2002), Lugares ares (2003), Casa da palavra (2003) e As coisas arcas (2003), homeless (Mazza, Belo Horizonte, 2010). Seus livros de poesia mais recentes são Relva (Mazza Edições, Belo Horizonte, 2016), Guelras (Mazza Edições, Belo Horizonte, 2016), E (Patuá, São Paulo, 2017), Qvasi – segundo caderno (Editora 34, São Paulo, 2017), Poesia + antologia 2015-2019 (Ed. 34, São Paulo, 2019).