O livro oferece uma trajetória de duplo significado.
Ele parte em busca de uma filosofia tanto pessimista quanto otimista, para nós que sobrevivemos à sombra do evento traumático da derrocada e já próximos de abismos insuspeitados, até então inimagináveis – a título de exemplo, na possibilidade efetiva do fim do mundo, do nosso mundo, por assim dizer, no sentido literal da palavra.
Ele propõe uma leitura de Levinas. Para isso, ele se interessa mais particularmente por dois momentos da obra, digamos, simplesmente e correndo o risco de uma ligeira simplificação, o início e o fim: da derrocada pela que passa o cativo (os textos do período de guerra – os Cahiers de captivité, os romances inacabados e Da existência ao existente) até o sobrevivente e sua ética implacável.
Spis treści
Prefácio à edição em língua portuguesa
1. Avisos
1.1. Primeiro aviso
1.2. Segundo aviso
2. A derrocada ou o real sob redução: o 'palco de Alençon’
2.1. Primeira ocorrência
2.2. Segunda ocorrência
3. A Ética como culpabilidade do sobrevivente
3.1. A reserva em relação ao fantasma e à lembrança
3.2. A culpabilidade do sobrevivente
3.3. Observações finais
3.4. Post scriptum
4. Uma ética impiedosa
5. Epílogo
O autorze
François-David Sebbah é professor de filosofia moral contemporânea na Université Paris Nanterre onde dirige o Institut de Recherches Philosophiques. Suas principais obras são: Levinas, ambiguïtés de l'altérité (Les Belles Lettres, 2000); L'épreuve de la limite: Derrida, Henry, Levinas et la phénoménologie (PUF, 2001); Levinas et le contemporain: les préoccupations de l'heure (Les Solitaires Intempestifs, 2009); Qu'est-ce que la technoscience ? Une thèse épistémologique où la fille du diable ? (Encre Marine; Les Belles Lettres, 2010).