SOBRE OS COORDENADORES
„Nick Bostrom, Professor do Future of Humanity Institute (Oxford), uma vez
disse, com relação ao desenvolvimento da inteligência artificial: „humanos são como
crianças pequenas brincando com uma bomba”. A preocupação de Bostrom é de uma
„explosão de inteligência artificial”, que ocorrerá quando máquinas, muito mais
inteligentes do que o homem, comecem a projetar suas próprias máquinas. Ele não
sabe quando ocorrera a detonação da bomba, embora, ao se segurar o dispositivo
próximo ao ouvido, seja possível ouvir um leve tique-taque.
O nosso livro segue no rastro de assuntos que marcam, de forma definitiva, a
interação do consumidor com as novas tecnologias, relação essa assimétrica em todos
aspectos, agravando sua vulnerabilidade e exigindo respostas rápidas e modelos
regulatórios eficazes, seja na rediscussão dos limites éticos necessários nessa
interação muitas vezes forçada e determinista da inteligência artificial, seja no aspecto
do controle e responsabilidade das plataformas, ressignificando o papel do Estado
como agente regulatório responsável e respeitado pelas Big Techs.
O aparente uso inofensivo das tecnologias de inteligência artificial favorece a
própria capacidade da máquina de avançar nas suas funcionalidades (deep learning),
„encantando” o usuário com resultados aparentemente seguros e confiáveis, numa
escala muito maior do que aquela que poderia ser alcançada pelo ser humano, abrindo
espaço para um maior envolvimento e dependência ao modelo artificial nas relações
pessoais, profissionais, sociais e econômicas, agora migradas para as grandes
plataformas.
O realinhamento hierárquico das necessidades de consumo, outrora marcadas
por condições fisiológicas, hoje, determinadas pelo padrão estético-comportamental
da indústria cultural são mais rapidamente difundidas pelo assédio massificado levado
a efeito pelos algoritmos.
A crescente e acrítica algoritmização da pessoa é começo do fim da
diversidade, da conflituosidade e da imprevisibilidade que marcam e constituem a
natureza humana e, por via de consequência, evidencia a erosão da individualidade. O
determinismo nas escolhas de consumo é uma das expressões de que esse fenômeno
já começa a produzir efeitos perigosos na sociedade”.
Trecho da apresentação de Dennis Verbicaro e Janaina Vieira Homci
1 Ebooki wg Gisele santos Fernandes Góes
Alexandre Pereira Bonna & Ana Claudia Corrêa Zuin Mattos do Amaral: Relações Eletrônicas de Consumo
O livro analisa a interação do consumidor com as novas tecnologias, relação essa assimétrica e marcada pelo agravamento de sua vulnerabilidade, exigindo respostas rápidas e modelos regulatórios efica …
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