Os mortos é uma história de Natal. De música, dança e mesa farta. É uma história sobre os laços de família e de amizade. Suas bênçãos e suas danações. Suas alegrias e seus estorvos. Seus prazeres e suas desgraças. É também uma história de amor: uma história de amores. Das recordações de um amor do passado: fugaz, longínquo e perdido. Das lembranças dos momentos de ternura e afeto de uma vida em comum: banais e instantâneos. E contudo: singulares e eternos. É a história de um desejo mortal de posse e intimidade. Mas também de frustração, fúria e fracasso. De aproximação e fuga, de ataque e rendição. Os mortos é uma história sobre os vivos. E sobre os que vão morrer. E os que já morreram. É uma história sobre a morte. E sobre os vivos e os mortos. É uma história sobre a vida.
O autorze
James Joyce
Nasceu em Dublin, Irlanda, país que deixou em 1904 para morar na Europa continental (Trieste, Zurique, Paris). É conhecido, sobretudo, pela coletânea de contos Dublinenses e pelos romances Um retrato do artista quando jovem, Ulisses e Finnegans Wake, que figuram entre as obras inaugurais do modernismo literário ocidental. Teria dito certa vez: 'Coloquei [em Ulisses] enigmas e quebra-cabeças em número suficiente para manter os acadêmicos ocupados, discutindo por séculos e séculos o que eu quis dizer’.