O romance retrata a relação entre Elizabeth Bennet (Lizzy) e Fitzwilliam Darcy na Inglaterra rural do século XVIII. Lizzy possui outras quatro irmãs, nenhuma delas casadas, o que Sra. Bennet, mãe de Lizzy, considera um absurdo. Quando Sr. Bingley, jovem bem sucedido, aluga uma mansão próxima da casa dos Bennet, Sra. Bennet vê nele um possível marido para uma de suas filhas. De fato, ele parece se interessar bastante por Jane, sua filha mais velha, logo no primeiro baile em que ele, as irmãs e o Sr. Darcy, seu amigo, comparecem. Enquanto Sr. Bingley é visto com bons olhos por todos, Sr. Darcy, por seu jeito frio, é mal falado. Lizzy, em particular, desgosta imensamente dele, por ele ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontram. A recíproca não é verdadeira. Mesmo com uma má primeira impressão, Darcy realmente se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do fato. A partir daí o livro mostra a evolução do relacionamento entre eles e os que os rodeiam, procurando apresentar também, desse modo, a sociedade do final do século XVIII.
O autorze
JANE AUSTEN (1775-1817), escritora inglesa proeminente, considerada geralmente como a segunda figura mais importante da literatura inglesa depois de Shakespeare. Ela representa o exemplo de escritora cuja vida protegida e recatada em nada reduziu a estatura e o dramatismo da sua ficção.
Nasceu na casa da paróquia de Steventon, Hampshire, Inglaterra, tendo o pai sido sacerdote e vivido a maior parte de sua vida nesta região. Ela teve seis irmãos e uma irmã mais velha, Cassandra, com a qual era muito íntima. O único retrato conhecido de Jane Austen é um esboço feito por Cassandra, que se encontra hoje na Galeria Nacional de Arte (National Gallery), em Londres. Seus irmãos, Frank e Charles, serviram na marinha britânica, alcançando o posto de almirantes.
Em 1801, a família mudou-se para Bath. Com a morte do pai em 1805, Jane, sua irmã e a mãe mudaram-se para Chawton, onde seu irmão lhes tinha cedido uma propriedade. A 'cottage’ em Chawton, onde Jane Austen viveu, hoje abriga uma casa-museu. Jane Austen nunca se casou: teve uma ligação amorosa com Thomas Langlois Lefroy que não evoluiu; foi noiva ainda de um rapaz muito mais novo que ela, Harris Bigg-Wither, mas mudou de opinião no dia seguinte ao do noivado.
Tendo-se estabelecido como romancista, continuou a viver em relativo isolamento, na mesma altura em que a doença a afetava profundamente. Pensa-se que ela pode ter sofrido do Mal de Addison (doença que atinge as glândulas suprarrenais), Linfona de Hodgkin ou mesmo de tuberculose bovina. Viajou até Winchester para procurar uma cura, mas faleceu ali, aos 41 anos, sendo sepultada na catedral da cidade.
A fama de Jane Austen perdura através dos seus seis melhores trabalhos: 'Razão e Sensibilidade’ (1811), 'Orgulho e Preconceito’ (1813), 'Mansfield Park’ (1814), 'Emma’ (1815), 'The Elliots’, mais tarde renomeado como 'Persuasão’ (1818) e 'Susan’, mais tarde renomeado como 'A Abadia de Northanger’ (1818), publicados postumamente. 'Lady Susan’ (escrito entre 1794 e 1805), 'The Brothers’ (iniciado em 1817, deixado incompleto e publicado em 1925 com o título 'Sanditon’) e 'Os Watsons’ (escrito por volta de 1804 e deixado inacabado; foi terminado por sua sobrinha Catherine Hubback e publicado na metade do século XIX, com o título 'The Young Sister’) são outras de suas obras.
Deixou ainda uma produção juvenília (organizada em três volumes), uma peça teatral, 'Sir Charles Grandison or The Happy Man: A Comedy in Six Acts’ (escrita entre 1793 e 1800), poemas, registros epistolares e um esquema para um novo romance, intitulado 'Plan of a Novel’.