A morte é um personagem constante nessas duas célebres novelas de Tolstói.
A morte de Ivan Ilitch (1886) conta a história de um juiz que, decorando um apartamento que acabara de comprar, cai e se machuca na região do rim. Com a saúde cada vez mais debilitada em decorrência da queda, ele inicia um processo de busca pelo sentido da vida — e percebe que poucos momentos foram regidos por algum significado.
Senhores e servos (1889) mostra o tempo da servidão na Rússia dos czares. Um senhor ambicioso e seu servo, acompanhados apenas de um cavalo, perdem-se em meio a uma nevasca e são obrigados a passar a noite no trenó. À medida que as horas passam e um fim dramático se aproxima, não apenas é revelada a relação que existe entre eles, mas também sua transformação.
O autorze
Lev Nikoláievitch Tolstói, mais conhecido como Leon Tolstói (1828-1910), foi um escritor, filósofo e pacifista russo. Nasceu em uma família aristocrática e teve uma educação privilegiada. Sua obra literária é marcada pelo realismo e pela crítica social, sendo considerado um dos maiores escritores da literatura mundial.
A Morte de Ivan Ilitch é um conto que trata da morte de um homem comum, que viveu uma vida medíocre e sem sentido. A obra é uma reflexão sobre a mortalidade e a busca pelo sentido da vida, mostrando a importância de se viver de forma plena e autêntica.
Senhores e Servos é um conto que aborda a relação entre proprietários e camponeses na Rússia do século XIX. A obra questiona a hierarquia social e a escravidão por meio de um diálogo entre um proprietário e um servo, mostrando que a liberdade é uma questão não só de direito, mas também de consciência.
Além dessas obras, Tolstói é conhecido por outros clássicos da literatura como Guerra e Paz e Anna Karenina. Sua filosofia da não-violência influenciou movimentos pacifistas e de resistência civil ao redor do mundo, tornando-o uma figura importante na história da luta pelos direitos humanos.