O escritor cearense Manuel de Oliveira Paiva, além de jornalista, foi um militante ativo do movimento abolicionista. Contribuiu com poemas e contos realistas para os jornais de sua época, mas grande parte de sua obra só foi publicada postumamente. Nesta coletânea, o crítico literário August Nemo seleciona alguns de seus melhores contos, revelando sua habilidade em retratar a sociedade e os dilemas humanos:
A Barata e a Vela: Uma barata desafia a escuridão, mas sua jornada termina tragicamente ao cruzar o caminho de uma criança e uma vela.
O Velho Vovô: Em um trapiche decadente, o passado e o progresso se encontram, evocando uma nostálgica reflexão sobre o tempo e a modernidade.
Pobre Moisés Que Não Foste!: Um homem revive as frustrações de um amor impossível, enquanto seu destino trágico se desenrola.
Da Pena Atrás da Orelha: Entre devaneios e ressaca, um jovem enfrenta a dura realidade do trabalho monótono e a perda da juventude após o carnaval.
De Preto e de Vermelho: Um baile de máscaras revela a tensão entre fantasias exuberantes e as frustrações reais da vida cotidiana.
Ao Cair da Tarde: Em uma viagem ao cemitério, um jovem reflete sobre a morte e as emoções conflitantes que permeiam sua vida.
A Melhor Cartada: Em meio a um jogo de cartas, o capitão Dionísio faz sua jogada final, sem saber que será a última de sua vida.
O autorze
Manuel de Oliveira Paiva (Fortaleza, 12 de julho de 1861 — Fortaleza, 29 de setembro de 1892) foi um escritor e abolicionista cearense.