Depois de escrever um dos livros mais relevantes do século XXI, Realismo Capitalista, Mark Fisher começou a olhar para as implicações culturais subjetivas imediatas. Implicações em torno de um estado de melancolia, nova nostalgia, depressão cultural, futuros perdidos e uma nova perspectiva da assombrologia. Fantasmas da minha vida detalha esses mesmos estados por meio da perspectiva da cultura pop e de suas experiências pessoais. Ao argumentar que somos assombrados por futuros que não aconteceram, Fisher parte em busca dos vestígios desses futuros perdidos, dissecando a obra e a vida de diversos artistas, como David Peace, John Le Carré, Christopher Nolan, Joy Division e Burial, dando ao leitor um material extremamente rico e profundo no campo cultural e trazendo a ideia de que essas expressões dão à melancolia uma dimensão política imperativa que nos impede de nos acomodarmos aos horizontes fechados do realismo capitalista, consolidando-se como uma recusa em desistir do desejo pelo futuro.
O autorze
Mark Fisher é um escritor crítico, teórico cultural, filósofo e professor no Departamento de Cultura Visual em Goldsmiths, Universidade de Londres, que passou a ser reconhecido por meio de seu blog k-punk no começo dos anos 2000 por seus textos sobre política radical, música e cultura popular. Fisher publicou diversos livros, incluindo o sucesso inesperado 'Realismo Capitalista’ (2009), e contribuiu para publicações como The Wire, Fact, New Statesman e Sight & Sound. Ele foi também co-fundador da editora Zero Books, e depois da editora Repeater Books. O mundo perdeu um pensador radical quando Fisher nos deixou em janeiro de 2017.