O RETRATO DE DORIAN GRAY, único romance do escritor irlandês Oscar Wilde, publicado em 1890, foi alvo de muita polêmica na época, repercutindo na vida pessoal do autor. A história parte da seguinte ideia: E se fosse possível preservar a beleza e a juventude para sempre? O que você faria da sua vida eternamente jovem? Ao ver seu retrato pintado pelo artista Basil Hallward, Dorian Gray deseja nunca envelhecer e permanecer para sempre belo, como no quadro. 'Cuidado com o que desejas!’ Esse provérbio popular tem tudo a ver com a trama, afinal, a vida do rapaz não será nada fácil – quer dizer, tudo depende do ponto de vista de quem lê, não é mesmo? Na edição deste clássico da literatura estrangeira, você encontra o texto integral da obra em nova tradução, acompanhada de notas explicativas repletas de curiosidades.
O autorze
Filho de uma poeta nacionalista e de um eminente oftalmologista, Oscar Wilde nasceu em 1854, na cidade de Dublin, então Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda. Em 1890, Wilde escreveu seu único romance, O retrato de Dorian Gray, que foi aceito e publicado nos Estados Unidos na revista Lippincott’s.
A reação da opinião pública londrina à obra foi, para dizer o mínimo, hostil. O tom das críticas era principalmente moral, afinal a devassidão e os crimes de Dorian eram demasiados para a Inglaterra vitoriana. Acusado de homossexualidade, Wilde foi processado e preso. A liberdade veio em 1897, mas o que se seguiu definitivamente não foi um recomeço.