Ovidio é reconhecido como o último dos grandes poetas da era de Augusto, Depois de abandonar uma carreira política em favor de uma vida de poesia nos redutos literários de Roma, Ovídio encontrou sucesso imediato com suas primeiras investidas nas elegias de amor.
A Arte de Amar é uma das obras mais conhecidas de Ovídio e, provavelmente a responsável de seu banimento de Roma, uma vez que a apologia ao amor extraconjugal foi considerada uma afronta aos princípios de 'família' e a moralidade aspirada pelo imperador Augusto.
Os ensinamentos apresentados no livro são uma forma hilária, de mostrar as inseguranças, dúvidas e anseios de como agir para conquistar a mulher amada. A obra promete deliciar o eleitora ao mostrar como era a arte da sedução há dois mil anos atrás, bem como surpreendê-lo com as enormes semelhanças nos dias de hoje.
O autorze
Reconhecido como o último dos grandes poetas da era de Augusto, Ovídio superou todos os seus predecessores em inteligência e elegância.
Depois de abandonar uma carreira política em favor de uma vida de poesia dentro dos círculos da moda e dos redutos literários de Roma, Ovídio encontrou sucesso imediato com suas primeiras investidas nas elegias de amor. Embora devotasse a maior parte da sua carreira ao gênero elegíaco, talvez seja mais conhecido pelo grandioso poema mitológico Metamorfoses, sua única obra na tradição épica. Tendo como motivo unificador a mudança de corpos, o tema central do amor e narrativas afins que continuamente se reproduzem, Metamorfoses constitui o ápice de todo o virtuosismo de Ovídio. O poema é ao mesmo tempo um catálogo de mitologia e um exame erudito da convenção e herança literárias.
No auge do sucesso, em 8 d.C., Ovídio foi exilado em Tomis, uma das paragens mais distantes do império, por razões ainda envoltas em mistério. A suspeita é de que, por trás da acusação formal de imoralidade de sua poesia, tenha sido punido por um escândalo de adultério envolvendo a neta do imperador. Longe dos holofotes, Ovídio retornou às raízes elegíacas, lamentando a separação da sociedade para a qual escrevera sua poesia e que havia aplaudido sua excelência poética de forma tão ardente. O exílio marcou uma mudança abrupta no tom e no estilo de seus escritos, que se tornaram taciturnos e introspectivos. A produção do exílio, porém, trai a mesma paixão pela própria fama e pela permanência de sua poesia que já caracterizavam seus trabalhos em Roma. Foi, de fato, adequado que Ovídio tenha permanecido como uma presença influente no cânone ocidental