Esta obra percorre o trajeto filosófico, desde Kant até pensadores contemporâneos, para ilustrar as limitações das teorias positivas e essencialistas, e como uma teoria negativa se conecta mais diretamente com as demandas de justiça do nosso tempo. Ao rejeitar idealizações, ela revela que a dignidade humana não é um valor absoluto, mas uma construção contingente e relacional, enraizada no contexto social e histórico.
As principais questões a serem discutidas são: Quais comprometimentos seguem do conceito de dignidade humana? Por que a dignidade é uma consequência da modernidade? Qual a contribuição de Kant para o conceito de dignidade humana? Qual a relação entre dignidade e humilhação? Quais armadilhas teóricas emergem a partir do comprometimento com a dignidade humana? Seria a dignidade um valor ou uma propriedade? Em que medida a experiência das pessoas diretamente afetadas por humilhações extremas, degradação ou atos de desumanização tem o potencial reflexivo de ampliação e correção de nossas noções de dignidade humana?
O autorze
Saulo Monteiro Martinho de Matos é professor adjunto de filosofia do direito da Universidade Federal do Pará, onde atua como professor da Faculdade de Direito, do Programa de Pós-graduação em Direito e do Programa de Pós-graduação em Filosofia. É doutor pelo Departamento de Filosofia Social e Filosofia do Direito da Universidade de Göttingen (Alemanha), com estadia de pesquisa na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), e mestre em direito pela Universidade de Heidelberg (Alemanha).