‘Os inúmeros bailes black e suas equipes de som – mais de 300 – se espraiavam massivamente pelos bairros operários da Zona Norte, Oeste, Baixada Fluminense, Niterói e Grande Rio e eram o meio onde ideias libertárias pululavam nas ‘cabeças feitas’ de blacks ou browns, tal como essa juventude se autoproclamava.
Andre Diniz, historiador, geógrafo e arguto pesquisador, revela com minúcias como este fenômeno de massa, absolutamente espontâneo, repercutiu amplamente para além da cultura carioca, mas em âmbito nacional. E ainda, contextualiza o Movimento Black Rio como parte de um circuito pan-africanista transnacional experimentado, à mesma época, em todas as partes do mundo onde as culturas africanas deitaram as suas raízes.’
ZÉ OCTAVIO SEBADELHE
Sobre o autor
Historiador, professor, escritor e doutor em geografia cultural pela UFF. Autor de mais de duas dezenas de livros, entre eles os Almanaques do samba, do Choro e do Carnaval e Noel Rosa, o poeta do samba.