Capítulo 7 do livro A inconstância da alma selvagem (São Paulo: Ubu, 2017) este artigo apresenta um dos conceitos fundamentais de Eduardo Viveiros de Castro: o perspectivismo. Além dele, são discutidas as diferenças entre natureza e cultura, multiculturalismo e multinaturalismo. Um texto essencial para o pensamento antropológico contemporâneo.
Sobre o autor
Eduardo Viveiros de Castro
Reconhecido internacionalmente pelos seus estudos em etnologia indígena, é um dos maiores antropólogos da atualidade e, como afirma Claude Lévi-Strauss, ‘é o fundador de uma nova escola na antropologia’. Formado em Ciências Sociais pela PUC-RJ, obteve seu mestrado em 1977 no Museu Nacional (UFRJ) com uma dissertação sobre os Yawalapíti, povo indígena do Alto Xingu. Tornou-se doutor pela mesma instituição com tese sobre a cosmologia dos Araweté, povo tupi-guarani do Pará, com o qual o antropólogo residiu entre 1981 e 1982. O trabalho foi premiado pela Associação nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS), além de ter sido publicado no Brasil e nos Estados Unidos.
Entre suas produções destaca-se também o ensaio ‘Os Pronomes Cosmológicos e o Perspectivismo Ameríndio’ (1996), que foi traduzido para diversas línguas e influenciou os estudos de antropologia em todo o mundo. Professor adjunto do Museu Nacional (UFRJ), Viveiros de Castro foi professor visitante nas Universidades de Chicago, Manchester e Paris X (Nanterre), na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales e na Universidade de São Paulo, além de ser Fellow do King's College.
Foi agraciado com a Médaille de la Francophonie da Academia Francesa (1998), o Prêmio Erico Vanucci Mendes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq, 2004), a Ordem Nacional do Mérito Científico (2008) e o título de Doutor Honoris Causa pela Université de Paris Ouest Nanterre La Défense (2014).