Os estudos literários nos Estados Unidos não são mais os mesmos. As preocupações, os métodos e os objetos mudaram por completo com a ascensão da Teoria. Essa nova formação discursiva, tanto causa como efeito da multiplicação de abordagens, ‘não é um conjunto de métodos para o estudo literário, mas um grupo ilimitado de textos sobre tudo o que existe sob a face da terra, dos problemas mais técnicos de filosofia acadêmica até os modos mutáveis nos quais se fala e se pensa sobre o corpo’ (Culler). Teoria (literária) americana discute criticamente as promessas e os becos sem saída a que a Teoria leva, o debate que em torno dela se formou, a sua relação com a universidade nos EUA, e suas implicações para os estudos literários no Brasil. Trata-se de uma das poucas tentativas de pensar a teoria teoricamente.
Tabela de Conteúdo
Introdução
1. Uma caracterização contraditória
2. Reconstituindo um debate
3. Um panorama histórico-institucional
4. Dois estudos de caso
5. Um paradoxo de nomeação
6. A teoria americana, a literatura e o Brasil
7. Conclusão: por uma recuperação dos objetos
8. Referências bibliográficas
9. Sobre os textos
10. Agradecimentos
Sobre o autor
Fabio Akcelrud Durão é professor do Departamento de Teoria Literária da Unicamp. Formou-se magna cum laude em Português/Inglês pela UFRJ, e obteve o mestrado em Teoria Literária pela Unicamp. Seu doutorado foi feito na Duke University, onde estudou com Frank Lentricchia e Fredric Jameson. É autor de Modernism and Coherence (Peter Lang, 2008), coeditou, entre outros, Modernist group dynamics: the politics and poetics of friendship (Cambridge Scholars Publishing, 2008), e organizou Culture industry today (Cambridge Scholars Publishing, 2010). Publicou diversos artigos no Brasil e no exterior, em revistas como Alea, Cultural Critique, Latin American Music Review, Loxias, The Brooklyn Rail, e Topicos del Seminario. Seus interesses de pesquisa incluem a Escola de Frankfurt, o modernismo de língua inglesa e a teoria crítica brasileira.