Como resposta ao golpe de 64 Florestan Fernandes publicou ‘A revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica’. Não demorou para que o livro se tornasse um dos clássicos do pensamento sociológico crítico no país.
Em 2020, ano do centenário do autor, a Editora Contracorrente, em parceria com a Kotter Editorial, inaugura a Coleção Florestan Fernandes com essa antológica obra, que conta com prefácio dos Professores André Botelho e Antonio Brasil Jr., ambos da UFRJ, e um posfácio do Prof. Gabriel Cohn.
A Coleção Florestan Fernandes é coordenada pelo Professor Bernardo Ricupero, da USP, para quem ‘A revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica’ é a culminação da obra de Florestan Fernandes e ‘corresponde a uma espécie de encruzilhada, na qual o sociólogo que foi encontra o publicista revolucionário que se torna. É, portanto, um bom lugar para começar a reedição da obra desse sociólogo comprometido, no sentido mais pleno do termo’.
Sobre o autor
Florestan Fernandes nasceu em São Paulo em 1920. De origem popular, ingressou na Universidade de São Paulo (USP) em 1941, obtendo o mestrado e o doutorado na Escola Livre de Sociologia e Política (ESP), em 1945 e em 1946, a livre-docência em 1953 na USP e tornando-se titular da cadeira de Sociologia I da mesma Universidade em 1964. Cassado pelo AI-5 em 1969, passa a lecionar nos EUA e no Canadá. É um dos mais respeitados sociólogos do país, tanto nacional quanto internacionalmente, considerado o fundador da sociologia crítica no Brasil. Foi eleito deputado federal pelo PT-SP em 1986 e 1990. Faleceu em São Paulo em 1995.