Mármores é o primeiro livro de poemas de Francisca Júlia César da Silva Münster (São Paulo, 1871-1920). Publicado em 1895, Mármores consolidou a reputação da autora. O livro traz um prólogo de João Ribeiro, um dos críticos de maior expressão da época.
Mármores reúne quarenta e três textos, organizados em três partes: a primeira é composta por dezoito sonetos, a segunda, por sete poemas traduzidos (três de Goethe e quatro de Heine) e a terceira, intitulada ‘Balada’, também contém dezoito composições – sonetos e poemas de formas variadas. Abre a primeira parte e fecha a segunda um soneto intitulado ‘Musa impassível’. Francisca Júlia é considerada a autora que melhor representou os ideais do Parnasianismo no país e foi alçada, ainda em vida, ao patamar de mais importante poetisa da língua portuguesa. Em 1904, tornou-se membro efetivo do Comitê Central Brasileiro da Societá Internazionale Elleno-Latina de Roma.
Sobre o autor
Francisca Júlia César da Silva Münster nasceu em Eldorado, no estado de São Paulo, em 31 de agosto de 1871. Foi professora, poeta, pianista, crítica literária e expoente do movimento parnasiano, ao lado de Olavo Bilac, Raimundo Correa e Alberto de Oliveira. Ficou conhecida como ‘Poeta do Impassível’, valendo-se de uma linguagem e figuras mitológicas e históricas. No ano de 1920, Victor Brecheret, um dos mestres do Modernismo brasileiro, fez, em homenagem a Francisca Júlia, a escultura ‘Musa Impassível’, esculpida em mármore Carrara (de 2, 80 metros de altura e três toneladas). Hoje a estátua faz parte do acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo.