Do mesmo autor do clássico Moby Dick, o conto Bartleby, o escrevente é um dos precursores da literatura do absurdo – que rendeu obras inquietantes como A metamorfose, de Franz Kafka, ou O estrangeiro, de Albert Camus, entre outras.
Publicado pela primeira vez em 1853, na revista norte-americana Putnam's Magazine, teve a primeira edição em livro em 1856.
A obra é narrada por um respeitado advogado de Nova York que contrata o jovem escrevente Bartleby para trabalhar em seu escritório.
De início impressionado com o temperamento calmo e a eficácia do novo empregado, o advogado é surpreendido um dia pela frase que se tornaria o mantra de Bartleby a cada nova tarefa solicitada: ‘Eu preferiria não fazer’.
Fascinado pela melancolia de Bartleby e incapaz de despedi-lo, o advogado transita entre a busca por um meio de se livrar do jovem e a necessidade de compreendê-lo.
O conto de Melville, ao longo das décadas, acabou se tornando um dos mais populares da literatura norte-americana, tendo influenciado escritores como Albert Camus e Enrique Vila-Matas, além de receber adaptações para o cinema e o teatro.
Sobre o autor
Herman Melville (1819-1891) foi escritor, poeta e ensaísta. Embora fosse muito popular no início da carreira, morreu no esquecimento, tendo sido elevado à condição de grande mestre literário só postumamente. Seu romance de maior prestígio é Moby Dick, que, de maneira irônica, contribuiu para a queda de sua popularidade, uma vez que foi bastante rejeitado pela crítica por ocasião do lançamento, em 1851.
Eloise De Vylder, jornalista formada pela Escola de Comunicações e Artes da USP, foi tradutora de notícias internacionais do UOL por quase dez anos e traduziu Bartleby, o escrevente, de Herman Melville, publicado pela Via Leitura, além de outros títulos publicados pelos selos da Edipro.