Aqui José Luís Peixoto nos fala das quatro paredes de uma casa — e de todas as suas recordações. Evoca a solidão, o isolamento, as portas fechadas, mas também a solidariedade das recordações: a mãe, o pai, os aromas, a família, a aldeia, o amor. Há espaço para a recordação da infância como para a peregrinação pelo mundo inteiro, como um Ulisses em viagem perpétua, rodeado de objetos próximos e voltado para dentro, para o lugar onde se regressa sempre: a casa.
Sobre o autor
José Luís Peixoto nasceu em Galveias, em 1974. É um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias, traduzidas num vasto número de idiomas, e é estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras. Em 2001, acompanhando um imenso reconhecimento da crítica e do público, foi atribuído o Prêmio Literário José Saramago ao romance Nenhum olhar. Em 2007, Cemitério de pianos recebeu o Prêmio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado na Espanha. Com Livro, venceu o Prêmio Libro d’Europa, atribuído na Itália ao melhor romance europeu do ano anterior. E com o romance Galveias venceu o Prêmio Oceanos. As suas obras foram ainda finalistas de prêmios internacionais como o Fémina (França), Impac Dublin (Irlanda) e Portugal Telecom (Brasil). Na poesia, o livro Gaveta de papéis recebeu o Prêmio Daniel Faria, e A criança em ruínas recebeu o Prêmio da Sociedade Portuguesa de Autores. Tem, ainda, duas incursões pela literatura de viagens: Dentro do segredo, uma viagem na Coreia do Norte e O caminho imperfeito, sobre as experiências na Tailândia.