Depois de destruir o mundo milhares de vezes e hipotetizar utopias bizarras e tiranias tecnocráticas, a ficção científica surge com um pequeno núcleo de histórias solarpunk: explorando sustentabilidade ambiental, criticando o capitalismo predatório, imaginando possibilidades de uso de recursos renováveis e inclusão radical.
Os protagonistas dessas histórias não desistem da luta para se reapropriar de espaços abandonados pelo capitalismo, mas enfrentam o conflito em nome de uma necessidade humana, de um princípio partilhado por comunidades que querem imaginar um mundo mais integrado às forças naturais – e também mais gentil.
• Ken Liu usa seu conto para examinar um dos maiores debates atuais: e se as tecnologias de realidade virtual e blockchain pudessem ser usadas para reprojetar a ajuda humanitária em tempos de crise?
• Ana Rüsche narra uma história em uma São Paulo alternativa, quando Nina sai de casa durante um furacão e descobre mais sobre as forças da natureza do que gostaria.
• Renan Bernardo explora a solidão através da amizade entre uma pessoa e uma androide, sua única companheira, que está prestes a ser desligada por falta de atualização.
• T. P. Mira-Echeverría e Guillermo Echeverría escrevem sobre uma cidade pós-apocalíptica, Malos Aires, e um protagonista que sonha com a Cidade do Sol.
Contando com treze histórias no total – de autores brasileiros, argentinos, estadunidenses, chineses, australianos, franceses e espanhóis – Como aprendi a amar o futuro nos faz pensar no amanhã e em como fazer as escolhas certas para chegar a um lugar melhor.
Sobre o autor
Francesco Verso é um escritor e editor italiano de ficção científica. Recebeu inúmeros prêmios, sendo editor da Future Fiction. Publicou as obras e-Doll, Livido, Bloodbusters e I camminatori (produzido a partir de The Pulldogs e No/Mad/Land). Os livros Livido e Bloodbusters foram vertidos ao inglês por Sally Mc Corry e publicados na China, EUA e Reino Unido.
Fábio Fernandes é escritor, tradutor, jornalista, professor, pesquisador de novas tecnologias, futurista e coolhunter. Traduziu cerca de duzentas obras entre livros e quadrinhos, entre os quais Laranja mecânica, Neuromancer, Y: O último homem e A Liga Extraordinária, vol. 1. Como escritor, tem treze livros publicados, além de dezenas de contos e ensaios, incluindo o romance Back in the USSR, finalista do Prêmio Jabuti 2020.