O ÚLTIMO HOMEM conta a história de Lionel Verney, filho de uma família nobre lançada à pobreza, pelo orgulho e pela insensibilidade. Ela ocorre num futuro distante, quando uma terrível guerra assola o Mundo e leva a Humanidade à destruição devido a uma praga que gradualmente mata todos os seres humanos.
Na introdução do livro, um narrador desconhecido afirma ter encontrado na caverna da sibila Cumana, sacerdotisa de Apolo, um manuscrito escrito por ela, salvo da destruição dos livros proféticos dessa sibila ocorrido, em 83 a.C. num incêndio do Senado Romano. Este manuscrito antevê acontecimentos que ocorrerão dois séculos depois, que destruirão a Humanidade.
Lionel Verney é o único humano imune à praga e testemunha a gradual destruição de todos à sua volta o que lhe produz uma profunda mudança psicológica e emocional, nas relações com amigos e familiares bem como com os horrores que a guerra e a praga provocam.
Por que os homens insistem em seus erros mesmo vendo próximo o seu fim? A Humanidade sobreviverá a esta hecatombe? Se sobreviver, conseguirá mudar seus paradigmas para que isto não volte a acontecer? Por que Lionel era o único humano imune à praga?
Estas são as questões que povoam nossa mente durante a leitura desta obra instigante e tão moderna, quanto quando foi lançada. O ÚLTIMO HOMEM independe de tempo e localização e conduz o leitor a uma viagem emocionante, que irá provocar muita reflexão
Sobre o autor
Mary Wollstonecraft Shelley (Londres, 30 de agosto de 1797 – idem, 1 de fevereiro de 1851), mais conhecida por Mary Shelley foi uma escritora britânica, filha do filósofo William Godwin e da pedagoga e escritora Mary Wollstonecraft. Manteve um relacionamento longo com o poeta Percy Shelley, casando-se com o mesmo em 1816, depois do suicídio de sua primeira esposa. Sua obra mais famosa é ‘Frankenstein, ou Moderno Prometeus’ escrita entre 1816 e 1817. O romance obteve grande sucesso e gerou todo um novo gênero de horror, tendo grande influência na literatura e cultura popular ocidental. Esta obra foi escrita após o encontro do casal Shelley com Byron, em sua mansão às margens do Lago Genebra, encontro este que produziu uma série de textos, poemas, romances de autoria de Byron, Polidori, Percy Shelley e Mary Shelley. O casal mudou-se para a Itália, onde Mary sofre a perda de seus dois filhos, além do falecimento de seu marido em 1822 em um naufrágio próximo a Livorno, lançando-a em um longo período de recolhimento. Apesar da relação conturbada com o marido, Mary passou a reverenciá-lo após sua morte, com a organização de toda sua vasta produção poética. Entrementes, Mary encontrou tempo para produzir outras obras, contudo sem a mesma qualidade de ‘Frankenstein’. Em 1826, Mary produz o que a crítica especializada considera sua melhor obra ‘O Último Homem’, pioneira da ficção científica que influenciou toda uma geração de escritores deste gênero na Inglaterra, entre eles H. G. Wells. Mary Shelley falece em 1851, na Inglaterra, vítima de um tumor cerebral.