Nesse livro, Peter Brook trata de diferenças sutis do reconhecimento do mundo que temos por meio da língua, revisita seu conceito de ‘espaço vazio’, aborda diversos níveis de apreciação das obras de Shakespeare e reflete sobre as mudanças ocorridas no teatro e no mundo durante sua longa carreira. O livro é dividido em três partes. Na primeira, trata das diferenças – e semelhanças sutis – entre sua língua materna (inglês) e sua segunda língua (francês), além de discorrer sobre como a língua materna influencia nossa percepção do mundo. Na segunda parte, Brook trata de sua mudança para Paris, de como vivenciou o Maio de 1968 naquela cidade, fala sobre a intuição que todo artista deve ter e revisita seu seminal conceito de ‘espaço vazio’. A terceira parte do livro trata uma vez mais de seu tema de predileção: Shakespeare. A obra também conta com um posfácio do escritor, editor e historiador Rodrigo Lacerda.
Sobre o autor
Peter Brook é um dos mais renomados diretores de teatro de todos os tempos. Entre as montagens que realizou com maestria estão Tito Andrônico (1955, com Laurence Olivier), Rei Lear (1962, com Paul Scofield) e Sonho de uma noite de verão (1970, para a Royal Shakespeare Company). Entre seus filmes encontram-se O senhor das moscas (1963), Rei Lear (1970) e O Mahabharata (1989). É autor de diversos livros, dentre eles O espaço vazio e Reflexões sobre Shakespeare, este último publicado pelas Edições Sesc, em 2016.