Há uma frase recorrente nos filmes que Sylvester Stallone escreveu e dirigiu: ‘Ainda tem coisas guardadas no porão’. É uma referência a sentimentos reprimidos que delineiam a resiliência de seus heróis: há sempre uma centelha reativa que precisa queimar, mas a idade ou as convenções da moral travam essa energia. A necessidade leva seus personagens mais populares – sobretudo o boxeador Rocky Balboa e o ex-combatente John Rambo – a novos combates, sob a bandeira de que ‘a luta só acaba quando o gongo soa’. É a marca autoral de um criador… um ator-autor… que celebrizou personagens icônicos da cultura pop ao longo de cinco décadas de carreira. Este livro é um estudo sobre seu legado sobre a representação do heroísmo e sobre o conceito de persona na Hollywood dos anos 1970 a 2010.
Sobre o autor
Carioca de Bonsucesso, criado do Morro do Adeus, Rodrigo Fonseca (nascido em 1979) é crítico de cinema, roteirista da TV Globo e escritor, formado pela Escola de Comunicação da UFRJ. Desde 2015 assina o blog P de Pop no jornal O Estado de S. Paulo, além de escrever resenhas e fazer vídeos para o Almanaque Virtual do UOL e colaborar com entrevistas para o Jornal do Brasil. É o correspondente brasileiro da maior revista de cinema de Portugal, a Metrópolis, desde 2013. Escreve ainda para o site luso C7nema. Assina diariamente críticas no site Laboratório Pop. Na TV, escreveu a versão 2017 de Os Trapalhões, o programa Encontro com Fátima Bernardes e o roteiro do Show do Oscar 2017. Fez também pesquisas para roteiros das séries ‘Sob Pressão’, ‘De propósito’ e ‘Segunda Chamada’. Roteirizou o programa ‘Cone Sul’, do Canal Brasil, de 2010 a 2018, escrevendo sobre estéticas da América Latina. É autor da peça ‘Encontros Impossíveis’, que estreou em 2013 e viajou todo o Brasil, tendo sido encenada em Nova York. Publicou o romance ‘Como era triste a chinesa de Godard’ (ed. Record, 2011). Traduziu a peça ‘O estranho caso do cachorro morto’, de Mark Haddon, para Moacyr Góes, em 2014. Escreveu ainda os livros ‘Meu compadre cinema – Sonhos, saudades e sucessos de Nelson Pereira dos Santos’ (Coleções Caderno Cine Academia, 2005); ‘Cinco mais cinco – Os melhores filmes em bilheteria e crítica’ (ed. Leggere, 2007), com Luiz Carlos Merten e Cacá Diegues; e ‘Renato Aragão – Do Ceará para o Coração do Brasil’ (ed. Estação Brasil, 2017). Organizou a coletânea das crônicas de Carlos Diegues: ‘Sempre aos Domingos’. Dirigiu o .doc ‘Corpo de Cristo’ (2012) para o projeto Logo+, do jornal O Globo.